Novas tecnologias e Mediação Pedagógica

Em sua sala de aula, o professor, atualmente, dispõe de vários recursos a serem utilizados por ele e pelos alunos no processo ensino/aprendizagem. Dentre eles estão a internet, o CD-ROM, o Word, o Excel, o Power Point, o data-show, etc. Mas como utilizar essas tecnologias em sua aula?

A internet: Esse recurso permite ao professor:

• Explorar a pesquisa através do Google.
• Ensinar Geografia por meio do Google Maps e do Google Earth, a fim de estudar o espaço, a cidade onde vivemos, a trajetória diária a qual percorremos.
• Criar um blog para a turma e o professor postar novidades, produções, atualidades, o boletim de notas, etc.
• Utilizar o email para troca de informações, enviar bilhetes informativos aos pais, etc.
• Acessar sites que disponibilizam conteúdos de matemática, cruzadinhas e exercícios que auxiliam a alfabetização e a produção de texto, etc.

CD-ROM: Permitir que os alunos gravem o que foi aprendido em sala ou em pesquisas em grupo a fim de memorizar e possibilitar a leitura dessas informações em outros locais.

Power-point e Data-show: Montar aulas mais interativas, mesclando a linguagem verbal e não verbal, sons, etc de maneira mais ilustrada e expositiva.

Paint e Word: Permitir a elaboração gráfica e a digitação de textos no computador.

Todos esses recursos podem ser usados em sala de aula ou no laboratório de informática. Cabe ressaltar que o manuseio desses instrumentos pelos alunos por si só não traz resultados de aprende]izagem eficazes, pois a mediação do professor é fundamental. Há a necessidade de direcionar, por exemplo, uma pesquisa no Google para que os alunos não se percam com tanta informação sobre o tema escolhido, as quais muitas vezes são supérfluas, repetitivas e enganosas. É preciso que os alunos construam senso crítico, estético e criativo.

"O professor desempenhará o papel de orientador das atividades do aluno, de consultor, de facilitador da aprendizagem, de alguém que pode colaborar para dinamizar a aprendizagem do aluno, desempenhará o trabalho em equipe, junto com os alunos, buscando os mesmos objetivos, numa palavra, desenvolverá o papel de mediação pedagógica". MASETTO, Marcos (pág 142). O aluno assume o papel de aprendiz ativo e interage com os colegas e com o prfessor.

A mediação pedagógica não acontece simplesmente pela substituição do quadro negro pelo data-show. As técnicas usadas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos aprendam. É preciso trabalhas com técnicas que incentivem a participação dos alunos, a interação entre eles, o diálogo, o debate, a pesquisa e o interesse.

A mediação pedagógica é importante por colocar o sujeito aprendiz em evidência a fim de buscar e alcançar objetivos e dá um novo tom à atuação do professor, além do uso de novos intrumentos.

Referência: MORAN, José manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica/ José Manuel Moran, Marcos T. Masetto, Marilda Aparecida Behrens- Campinas, SP: Papirus, 2000.

Informática na sala de aula: Aliança das disciplinas - Geografia, Matemática e Português- à internet.... Um mar de possibilidades.

• No ensino de geografia para a ampliação do espaço a ser conhecido, há como recurso na internet os sites como o Google Maps e com mais sofisticação de satélite, o Google Earth. Finalidades: achar um endereço, traçar um initerário a pé ou de carro, conhecer um local antiga e atualmente. Outros recursos: Paint, The Simmins.
• Nas aulas de matemática tem-se a aplicação do Logo para se trabalhar com geometria.
• Na disciplina de Potuguês temos como recursos sites de cruzadinha, criação de blogs, criação de jornal online, jogos educativos para alfabetizar, utilização de cds Rom, pesquisa em sites de busca, criação de historinhas em quadrinhos em sites na internet, etc.

A internet é uma fonte barata de informação com um leque enorme de possibilidades de uso, mas ela não substitui o professor e sim o auxilia. Esse processo de ensino/aprendizagem aliado à utilização da internet e do computador deve ser aplicado e avaliado, pois eles são meios tecnológicos valiosos usados para fins educacionais, mas podem ser perigosos se usados em vão e sem um direcionamento.

Texto: Ambientes de aprendizagem: reengenharia da sala de aula

O texto aborda a necessidade de criar novos ambientes em sala de aula com o objetivo de auxiliar o aluno na construção do conhecimento.Os autores propõem a utilização das novas tecnologias no auxilio na relação de ensino aprendizagem, trazendo assim novos conceitos aos velhos conceitos da educação. Nessa perspectiva, o suporte tecnológico e um instrumento que adequa o ensino a realidade contemporânea.No texto, os autores apresentam como forma de otmizar o ensino a metáfora do Thornburg. A metáfora consiste em quatro momentos: a fogueira (informação), o poço d’água (conversa/interação), a caverna (conceitos), e a vida (contexto). Cada um desses momentos consiste em um ambiente de ensino aprendizagem que permite pensar a sala de aula e os alunos na sua subjetividade quanto ao processo de construção do conhecimento.

O mundo conectado... e a educação

Análise e contextualização histórica da informática na Educação no Brasil

VALENTE, José Armando. Informática na Educação no Brasil: análise e contextualização histórica.

Em meados da década de 50, qundo começaram a ser comercializados os primeiros computadores com a capacidade de armazenamento de dados e programação, apareceram as primeiras experiências do seu uso na Educação. O computador no ensino é usado para transmitir informação para o aluno, assume um papel de máquina de ensinar e a abordagem pedagógica é a instrução auxiliada por ele, representa uma nova maneira de lidar com o conhecimento, com novas idéias e novos valores. Os softwares usados nessa abordagem são os tutoriais e os de exercício-e-prática.

• Primeiras experiências da informática na Educação no Brasil:

1. 1971- Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em educação aplicada no Ensino Superior.
2. 1973- Núcleos de Pesquisas da UFRJ usam software de simulação no ensino de Química.
3. 1982-I Seminário Nacional de informática na Educação realizado em Brasília.

• Primeiros computadores utilizados no Brasil:

1. 1.7000 Itautec: Permitiu uso dos seus caracteres em português, usado para produção de texto e logo. Mas ele não chegou às escolas, ficou nos centros de pesquisa.
2. Microcomputadores MSX foram lançados em 1986, voltado para os vídeos-games.
3. Em 1994: Produção de computadores e aparecimento do Windows, multimídia, etc.

O Brasil não teve êxito como a França e os EUA devido à falta de equipamentos nas escolas e a formação do professor ficou como principiante em relação ao uso de computadores na educação, pois os avanços tecnológicos têm desequilibrado e atropelado esse processo de formação docente.

Nesse contexto, a formação do professor deve permitir que o professor construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, o por que e como integrar o computador à prática pedagógia, voltando-se para os problemas específicos de interesse de cada aluno. É preciso também uma melhor articulação da administração escolar, da família, da comunidade nesse processo, para apoiar e minimizar as dificuldades de mudanças na escola.

Texto:Conceitos e reflexões sobre Tecnologia Educacional- Tajra

O texto lido e discutido em sala tem como objetivos:

• A conceituação dos termos " técnica e " tecnologia educacional".
• Promover reflexões quanto ao uso de tecnologias em nossas vidas.
• Apresentar a incorporação de vários instrumentos tecnológicos no ambiente educacional.
• Expor as visões tecnicista e apocalíptica quanto à utilização de tecnologias na sociedade.
• Relacionar as diferenças entre o computador e os outros recursos tecnológicos.

Afinal, o que vem a ser técnica?

Palavra de origem grega que significa criar, produzir. Relaciona-se com mudança na modalidade da produção. Ao contrário do que muitos pensam, tecnologia não se restringe à informática ou aos meios de comunicação. Ela é tudo que o homem fez de inovador ao longo de sua história, que vai além do vestuário aos aparelhos eletrônicos portáteis.

Em relação à TE, tem-se a visão integrada, a qual acredita que a tecnologia por se só é uma inovação. E a visão apocalíptica que não enxerga a tecnologia de forma neutra, mas que apresenta várias interfaces.

E por fim, vale destacar a importância e praticidade do computador em relação a outros recursos tecnológicos, pois ele engloba várias tecnologias existentes, como a multimídia, o áudio, data-show, etc, além de seus recusos tradicionais, o que representa um ganho para a informação pela entrada, processamento e saída de dados, promovendo interações múltiplas.

" Por que um novo olhar para o aluno?"

A autora Sônia Petitto em seu texto " Por que um novo olhar para o aluno?" trabalha com a identificação do homem virtual articulada à informática educativa, sendo indispensável que o docente saiba utilizar didaticamente os recursos da informação, senão não há aprendizagem.
" Esses instrumentos de sínetese mecanicista não são muito úteis para o ensino e devem servir basicamente como auxiliares subordinados, apoiando instrumentos de aprendizagem melhores e nossa atividade criativa" Dertouzos (1998).
No presente trabalho, uma pesquisa de base metodológia e técnica, Petitto aborda: Dertouzos, Papert e valente, autores que tratam do uso da informática na educação. Dimenstein e Hernandéz que falam das mudanças nos projetos educacionais e Gardner, Goleman, Antunes e Perrenoud que tratam das competências humanas.

Vídeo " Geração C" Rafinha

O vídeo assistido em sala retrata, através do adolescente Rafinha, as características da nova geração - A geração C- conectada. Adolescentes conectados diarimente por uma rede, se interagindo, se informando, ouvindo músicas, assistindo vídeos...Orkut, msn, twitter, Mp4, ....Já não conversam mais pessoalmente com tanta frequência, já não assistem o noticiário no sofá com os pais, ficam trancados a quatro paredes durante horas em frente ao computador... etc. Para muitos, de gerações anteriores, isto parece alienção, falta de contato humano ou o fim do mundo. Mas não.. é o começo de uma nova era. É a informação, ou melhor, a sua facilidade e rapidez permeando a existência humana em vários âmbitos. Mas é claro, todo excesso pode ser nocivo. Nesse caso, a educação pode equilibrar e direcionar.